Soubor:Casa de Cantaber - Ruínas Romanas de Conímbriga - Portugal (4863272552).jpg

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Popis

Popis

A evidência arqueológica revela-nos que Conimbriga foi habitada, pelo menos, entre o séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII, da nossa era.

Quando os Romanos chegaram, na segunda metade do séc. I a.C., Conimbriga era um povoado florescente. Graças à paz estabelecida na Lusitania operou-se uma rápida romanização da população indígena e Conimbriga tornou- -se uma próspera cidade.

Seguindo a profunda crise poíítica e administrativa do Império, Conimbriga sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse abandonada.

Conimbriga corresponde actualmente a uma área consagrada como monumento nacional, definida por decreto em 1910.

A casa de Cantaber ocupou uma ínsula muito central no padrão urbano de Conimbriga. Com um dos lados menores abertos para o trívio que é nodal no vicus novus da parte Leste da cidade (acrescentada pela muralha augustana ao velho perímetro do povoado indígena) o fechamento da casa em todos os três restantes lados (excepção feita à porta da área de serviços) contribuiria por si só para fazer convergir no pórtico de entrada a atenção dos viandantes.

O enorme vestíbulo, num arranjo que se conhece também na casa dos repuxos, abre-se para o peristilo central por três vãos de abertura desigual (o central mais amplo). O peristilo central de 6 x 8 colunas (contando duas vezes as dos cantos) organizava todos os espaços da casa, mas era contido nas suas aberturas: uma cela a Norte, três (antes quatro) portas a Sul, uma exedra à direita. A exedra é de pequenas dimensões e o seu modesto mosaico, com grande efeito decorativo embora, fazia apelo a um material pouco nobre como as tesselas cerâmicas.

O tanque central do peristilo reproduz, num esquema simples mas que é tornado grandioso pelas dimensões, o padrão dos canteiros ajardinados implantados num espelho de água que se conhece em Conimbriga e que tem sido atribuído a ecos da arquitectura imperial de Roma. Também aqui existia um sistema de repuxos múltiplos e, descoberta que se deve ao excelente trabalho de conservação levado a cabo, deve ter existido um programa decorativo de estatuária de pequenas dimensões, que deve ter ocupado os plintos cujos embasamentos se detectam sistematicamente como recortes quadrangulares que se abrem nas lajes que rematam o mosaico nos intercolúnios ou, onde elas já faltam, como engrossamentos da argamassa que as suportavam. A estatueta de Minerva, que é um dos mais conhecidos achados de Conimbriga, provém do tanque central, mas não é seguro que fosse essa uma das estatuetas em questão, a sua demasiado pequena dimensão não parece compatível com os cerca de 15 x 15 cm de planta que os plintos, ou dados, devem ter tido.

Ao fundo do peristilo, axialmente, entrava-se para o triclínio. O eixo visual prolongava-se para o exterior através da janela fundeira e, uma vez entrado, o visitante assistia à multiplicação deste eixo, bilateralmente, pelas janelas laterais, que davam para os tanques, da mesma forma que passagens davam acesso a outros sectores da casa, o do peristilo lobulado (que deve ter sido uma copa) à zona de serviços. Esta cenografia era arquitectónica e socialmente o fulcro da casa e, dois passos dados dentro do triclínio, o visitante está sensivelmente a meia distância no espaço que a casa ocupa.

À esquerda da ala Sul do peristilo tinha-se acesso ao sector de peristilo, lobulado.

Ao sector oeste podia chegar-se directamente do vestíbulo, que era uma cela ostiaria, provida de lareira elevada sobre soco de pedra. Um corredor, que vencia um desnível importante (não é completamente claro se recorreu a degraus) dava acesso a uma sala de serviços e, através de um estreitíssimo corredor instalado sobre uma cloaca, ao peristilo. Para este abriam duas salas: uma coberta de mosaico simples, mas que parece ter comportado um emblema e outra, incompletamente escavada, mas que parece poder reconstituir-se como uma cenatio.

Voltando ao vestíbulo, tinha-se dele acesso, pela esquerda de quem entrava, ao sector residencial da casa.

O grande rectângulo, desenhado pelas salas que abrem para o peristilo em π ou que com estas comunicam, constitui sem dúvida a parte privada da casa, dotada de cubículos e de uma cenatio própria. A sua construção parece ter sido homogénea, ainda que algumas vezes remodelada a nível de decoração (estuques e o próprio peristilo); faz parte, portanto, da fase mais marcante da existência da casa.

Uma das salas, coberta de um simples mosaico branco, tal como os corredores adjacentes, servia de tampão a um acesso demasiado imediato ao peristilo. Para ela abria-se uma pequena cela e para o corredor abria-se um pequeno cubículo cuja entrada era constituída por porta e cancela ( ? ) assente sobre uma pequena soleira de pedra.

Entrava-se no peristilo pelo canto Sudoeste.

Na ala à esquerda abria-se a porta para a grande sala cuja localização, dimensões e padrão de pavimento musivo (assumindo como correcta a nossa restituição) fazem identificar como uma cenatio.

Na ala Sul ficava um grande cubículo, de cuja decoração pouco sabemos, dada a degradação sofrida pela estrutura, mas que devia ter ecos do padrão também utilizado na sala da caçada na Casa dos repuxos (pilastras ritmando painéis), e uma outra sala cuja função era mais de corredor do que de estância, a julgar pela sua planta alongada e pela função de circulação que inevitavelmente tinha. Cubículo e corredor comunicam não só pelo peristilo, mas também directamente.

Ao fundo deste corredor ficava outro cubículo que, por sua vez, abria para uma sala de recepção que articulava três blocos distintos da casa. Esta sala, para além de dar acesso, como se viu, à parte residencial da casa, abria, por uma porta de dois batentes e trinco, para o peristilo central. Abria ainda, para uma das alas do peristilo lobulado. Esta entrada era marcada por duas colunas e, no mosaico, por um tapete com decoração geométrica. Esta marcação arquitectónica do eixo principal de circulação é muito interessante na medida em que contrasta com outros pontos morfologicamente idênticos na estruturação da casa, mas que não têm aparato arquitectónico comparável.

Esta sucessão de compartimentos ficava, portanto, demarcada por um espaço tampão provido de instalações para pessoal servil que guardasse a entrada e por uma sala cuja relação com os espaços circundantes pode ser alterada conforme a circunstâncias (virtude da porta com trinco) mas cujo o eixo de circulação normal é marcado simbolicamente.

O conjunto dos compartimentos é, porventura, o mais interessante da casa. Infelizmente, foi também um dos que mais sofreu, ao longo dos tempos de abandono, soterramento e reexposição da casa. Dos seus mosaicos restam dois em bom estado e vestígios de outros três enquanto outros dois se perderam por completo, mas a sua arquitectura, no essencial, resistiu.

Entrava-se neste sector pelo canto Sudoeste, fosse vindo da parte residencial da casa, entrando-se por isso directamente do peristilo central, ou, ainda por aí, do triclínio central. A entrada faz-se, portanto, obliquamente: todavia, é a axialidade do conjunto que é marcante.

O peristilo é ladeado por três pares de ambientes distintos entre si. A Oeste abrem para as alas e têm uma curiosa janela directamente aberta para o implúvio. A Leste constituem uma espécie de pavilhões isolados pelas alas que estabelecem o verdadeiro eixo deste sector, que liga a porta de acesso da parte residencial da casa à porta de acesso ao viridário. Estas alas têm o seu pavimento coberto por um mosaico idêntico, o que reforça a axialidade. O eixo fundamental de circulação entre a parte residencial e o jardim da casa é assim enquadrado por um conjunto de salas que se devem classificar como diaetae. Também aqui a cenografia é importante. Ao visitante é oferecido, mais além, um eixo suplementar, mais íntimo, para ver o jardim. Um eixo paralelo, mais monumentalizado, é o último reduto do habitante (o que explica a colocação escolhida tardiamente para o conjunto) e é à porta que encontramos aquele curioso motivo apotropaico do labirinto de tipo Mogor.


O Jardim O jardim preexistente, que ao visitante se apresentaria, na prática, como um vastíssimo peristilo, coroaria a casa. O tanque axial ao triclínio, foi muito provavelmente uma espécie de Canopus, atingindo porventura o pórtico (arranjo idêntico àquele, reduzido). Todavia, restam ténues vestígios do que foi o arranjo e ajardinamento do jardim.

O conjunto do peristilo truncado e das duas salas que para ele abrem, são um testemunho interessante da aplicação em Conimbriga de um esquema arquitectónico de espírito áulico, o da sala absidada, que neste caso, falta de espaço para se desenhar como noutros casos conhecidos, escolhe a implantação e recorre a um dispositivo técnico desnecessário (a sobrelevação que obriga à aproximação por meio de degraus), para impor o efeito cenográfico pretendido. <a href="http://www.conimbriga.pt/portugues/ruinas.html" rel="nofollow">www.conimbriga.pt/portugues/ruinas.html</a>
Datum
Zdroj Casa de Cantaber - Ruínas Romanas de Conímbriga - Portugal
Autor Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL
Pozice fotografa40° 05′ 55,78″ s. š., 8° 29′ 36,7″ z. d. Kartographer map based on OpenStreetMap.Tento snímek a mnohé další na: OpenStreetMapinfo

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27. března 2019

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40°5'55.777"N, 8°29'36.701"W

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